entre a dor de existir e a de morrer
nem sei por onde escolher
condenado á eternidade
de injustamente sofrer.
penso e repenso este contrasenso
não o venço...
derrotou, consumiu-me
a objectividade em tudo isto, fugiu-me
toda a ironia em mim é uma caricatura da minha resignação
as falsas euforias em que me perco uma espécie de abstracção
quo vadis? distante momento em que perdi a crença na razão
dispersamente em cacos pelo chão...
incessantemente chuva nocturna, atordoante
a melancolia que a água cadente dilui na alma
deixa o caminho sonhado tão distante
depois
é o desespero que se apodera do leme abandonado
e navega o coração por dilúvios negros de saudade
que morto jaz frio e resignado
por ter perdido a fé na realidade
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