refugiei-me em mim,
intimidado pelo silêncio negro da escuridão lunar.
a chuva tacteia errante pelas entranhas nocturnas da cidade deserta,
envolta silenciosamente o farol que um gemido agudo solta e desperta,
a brisa ofegante de maresia semeia uma inquietude glaciar,
estou só,
estremeço,
,interiorizo este momento ímpar,
vibro sem me mexer,
sonho sem me perder.
,cristalizo tudo em âmbar,
douradamente,
por instantes, eternamente....
- um relâmpago! * * * * * - um raio!
[tu]
estremeço,
assustado tropeço,
é o recomeço!
é um recomeço!
o relâmpago abriu fogo num clareira distante
ela que me oriente, ela me encante...
quero fugir, deixar tudo para trás,
sinto o meu lugar, é a minha paz,
é ela a chamar!
uma droga,
contra esta dor constante [solidão]
um porto,
para esta embarcação errante
elevo-me-ícaro perdidamente ante um sol torridamente desencorajador,
excessivamente sóbrio ,embriagado com lucidez
insensatez
acidez ancorar de vez!
ah quanto eu temo
,quanto eu anseio!
colho ventos
,sonhos semeio
aquele momento,
como eu o receio...
troveja, incendeia, tempesteja, encandeia!
submirjo nas correntes negras do desencontro,
vasculho as profundezas turvas do meu ser,
sangro exaustão de desesperar o confronto
estrangula-me o medo de tudo voltar a perder
ah quanto eu temo
loucamente abomino
,quanto eu anseio!
cansei-me-sísifo do meu destino
aquele momento,
como eu o receio...
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
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