hoje, sem querer, descobri
a vida desenfeitada.
nua, despida,
da fachada pomposa que a disfarçava,
entrei pela porta do camarim
enquanto se maquilhava
sorrateiramente,
encapuzado.
feia,
rugosa, marcada e pisada:
pobre senhora de idade,
polvilhava o pó de talco
que disfarça a realidade
ali o frasco dos sonhos,
acolá o da esperança,
mescla de amor regurgitado
com que aplica a elegância
estranha criatura aquela,
pobre senhora de idade
que se faz toda enfeitada
para disfarçar a fealdade
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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